Diretas já acontecia no Brasil há exatamente 40 anos. Entenda como foi.


Publicado em 25/04/2024 | 63 Impressões | Escrito por Renato Abreu


Diretas já acontecia no Brasil há exatamente 40 anos. Entenda como foi.

As mudanças no cenário político despertam em 1983 um movimento por eleições diretas para Presidente da República, o qual ganha força com a apresentação pelo Deputado Dante de Oliveira, PMDB-MT, de uma emenda constitucional com idêntico objetivo. O movimento, que ficaria conhecido como "Diretas Já", cresce espetacularmente em 1984 e empolga a população, com a realização de comícios em diversas cidades contando com a presença de artistas e lideranças políticas e a participação de multidões nunca antes vistas no Brasil. As maiores manifestações reúnem cerca de 1 milhão de pessoas no Rio e 1,7 milhão em São Paulo. Contudo, não impedem que a Emenda das Diretas seja derrotada no Congresso Nacional no dia 25 de abril, ao faltarem 22 votos para a sua aprovação.

    Em 25 de abril de 1984, em sessão do Congresso Nacional, a matéria foi colocada em votação e rejeitada na Câmara dos Deputados: sim=298, não=65 e abstenção=3, deixando de ser submetida ao Senado Federal, com declaração de voto dos Deputados Renato Johassen, Victor Faccioni, Oscar Alves, Reinholdo Sthones, Ruben Figueiró, Juarez Bernardes, Saramago Pinheiro, Stélio Dias, Oswaldo Lima Filho, Lúcia Viveiros, Nelson do Carmo e Carlos Vinagre, ficando prejudicadas as PECs 06 e 08, de 1983, deixando de ser apreciada a PEC 20, de 1983, em virtude do término do prazo regimental da sessão.

    Três meses depois, a Frente Liberal, uma dissidência do PDS, faz um acordo com o PMDB mediante o qual o Senador José Sarney (ex-PDS) é indicado candidato a Vice-Presidente na chapa de Tancredo Neves (PMDB) à Presidência da República. Nascia aí a Aliança Democrática, que em 15 de janeiro de 1985 derrotaria o PDS na eleição no Colégio Eleitoral, obtendo 480 votos de um total de 686. Entretanto, Tancredo Neves não chega a assumir a presidência. No dia 14 de março, na véspera da posse, ele adoece e é hospitalizado, vindo a falecer após 38 dias de internação. Assim, José Sarney torna-se o Presidente da República, cargo que exercerá por cinco anos, até 15 de março de 1990.

 

Fonte: Câmara dos deputados

 

 

 

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