Sarampo tem transmissibilidade maior, mas letalidade menor que coronavírus, explica infectologista


Publicado em 18/02/2020 | 390 Impressões | Escrito por Gilmar Ribeiro


Sarampo tem transmissibilidade maior, mas letalidade menor que coronavírus, explica infectologista

Apesar da alta transmissibilidade, o coronavírus não deve ser uma preocupação imediata dos brasileiros e o Carnaval está a salvo. É o que afirma o médico infectologista da Vigilância Epidemiológica do Estado, Antônio Bandeira, ao citar os números reprodutivos do novo vírus, que é a média de quanto uma pessoa eficazmente contamina outra. “Isso para o coronavírus está sendo estimado na faixa entre três e quatro. Ou seja, uma pessoa consegue eficazmente transmitir para quatro pessoas”, esclareceu. 

 

Para explicar melhor sobre o novo vírus que vem assustando as pessoas do mundo inteiro, o infectologista comparou os números do coronavírus com outro já conhecido pelos brasileiros: o sarampo. Antônio Bandeira destaca que o sarampo é uma doença imunoprevenível que apresenta surtos esporádicos, a exemplo da situação vivida em alguns estados brasileiros em 2019. “Uma pessoa com sarampo contamina 15 a 20 pessoas, então a taxa de transmissão é muito maior”, explicou o especialista. Entretanto, o integrante da Vigilância Epidemiológica do Estado fez um alerta: “a mortalidade do sarampo, ao que tudo indica, é menor do que a do coronavírus”. “Se a gente comparar, o sarampo tem muito mais chance de transmitir. Transmissibilidade maior, mas uma letalidade menor”, completou.

 

Em 2019 o Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença. Desde então o Ministério da Saúde (MS) vem empregando esforços para recuperar a certificação. Para Bandeira, a recuperação depende de um esforço coletivo, além do MS, os estados e municípios e a própria população devem fazer sua parte. “As pessoas têm responsabilidade com a sua saúde e com a saúde dos outros. Elas têm que se vacinar e tem que levar seus filhos para serem vacinados. É fundamental. Não adianta fazer um investimento público enorme e depois as pessoas não se vacinarem”, comentou. 

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