Pe. Gabriel comenta sobre novo Papa


Publicado em 2013-03-18 15:25:10 | 581 Impressões | Escrito por 0


Pe. Gabriel comenta sobre novo 

Papa

Pe. Gabriel

Agora, espero eu, chegou a ruptura.

Chegou, depois de tempos imemoriais, um bispo de Roma não europeu, como o apóstolo Pedro.

Francisco declarou: "Vocês sabem que o dever de um conclave era dar um bispo a Roma. Parece que meus amigos cardeais foram quase até o fim do mundo para buscá-lo”.

Aqui está um primeiro elemento positivo. Afinal, é na América Latina que se concentra a maioria dos católicos. É aqui que, nas reuniões dos bispos da região, em Medellín (1968) a Puebla (1979), a Igreja católica viveu uma década que gosto de chamar gloriosa, em dia e mesmo às vezes à frente de seu tempo, num momento de ditaduras, denunciando as injustiças sociais, os crimes contra os direitos humanos, com o apoio às pequenas comunidades eclesiais de base e afirmando fortemente a centralidade da "opção preferencial pelos pobres”.

Alguém falou da volta das caravelas. Elas vieram, no século XVI da Europa, trazendo soldados e missionários. Agora elas voltam da América Latina, com uma nova maneira de fazer teologia. E no caso atual, levando Francisco, que foi de Buenos Aires a Roma.

Há aí um elemento importante. Francisco se apresentou, basicamente, como o bispo de Roma e é enquanto tal – como o primeiro entre os bispos católicos do mundo - que exerce o magistério universal. Correntemente é conhecido como papa, mas antes de tudo é bispo romano.

O nome de Francisco é muito significativo. Representa uma ruptura e uma novidade nos nomes da sucessão dos bispos de Roma. E faz pensar imediatamente em Francisco de Assis, simples leigo e em seu revolucionário ideal de pobreza, ali na Úmbria ao norte de Roma, no lado oposto do então poderoso e nobre papa Inocêncio III.

Quem sabe se o novo papa não trabalhará na dimensão de uma Igreja da diversidade, em tempos planetários e ao mesmo tempo pluralistas?

Nos últimos anos, a cúria romana foi alvo de severas críticas.

Agora, ela deveria se abrir ao mundo inteiro, espalhada em diferentes realidades e com elas teria que se repensar.

papa Fransisco

Francisco apareceu na sacada da basílica vaticana apenas com a batina branca, sem a capa de arminho de papas anteriores. A vida simples e despojada dele poderia indicar uma mudança nas pompas e a superação de uma certa teatralidade no Vaticano.

Dizem que Bergoglio não tinha automóvel, andava de metrô, deixou o palácio episcopal e foi morar num apartamento, como nosso D. Hélder, que se mudou para a sacristia de uma pequena Igreja de Recife.

Muitos são os temas que esperam o novo papa. O fardo e o peso da responsabilidade de Francisco parecem ser enormes. É a ocasião de esperar e, sobretudo rezar, e rezar forte. Um momento tocante, de enorme significado, foi quando Francisco, com sincera humildade, pediu à multidão na praça, e em certo sentido ao mundo inteiro que o seguia pela televisão, que orasse e lhe desse uma bênção e, em silêncio, se inclinou por uns segundos.

Benvindo, papa Francisco!

Nossa esperança é grande. O nosso apoio está garantido.

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