Tremedal poderá perder 5 médicos do programa Mais médicos


Publicado em 21/11/2018 | 333 Impressões | Escrito por


Tremedal poderá perder 5 médicos do programa Mais médicos

O governo de Cuba anunciou a retirada dos médicos do programa na quarta-feira (14), citando "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos profissionais no Brasil.

O presidente eleito Jair Bolsonaro informou, no entanto, que o governo cubano decidiu deixar o programa Mais Médicos por não concordar com a realização de testes de capacidade para os profissionais e outras condições para continuar no programa.

Em Tremedal são cinco médicos cubanos. Segundo a secretária de saúde, ainda não foi informada da saída dos médicos, mas que havia uma reunião com os mesmos pré-agendada para conversar a respeito do assunto.

Com a saída destes médicos, os povoados da cidade devem ser os locais mais afetados, para onde normalmente é difícil se conseguir profissionais para atendimento.

Como funciona o programa

Cuba tem uma parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que estabeleceu o acordo com o Ministério da Saúde brasileiro para enviar profissionais do país. O acordo foi estabelecido há 5 anos durante o governo de Dilma Rousseff.

Em todo o pais, os cubanos representam 45% dos 18.240 profissionais que trabalham no Mais Médicos atualmente.

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) informou, na quinta-feira (15), ter sido avisado pela embaixada de Cuba que todos os médicos cubanos deixarão o Brasil até o fim do ano.

O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) informou que solicita que haja medidas imediatas para que as vagas deixadas em aberto sejam preenchidas por médicos do Brasil e que "a população não pode agora ficar ainda mais desassistida".

O Conselho Federal de Medicina (CFM) disse que o Brasil conta com médicos formados no país em número suficiente para atender às demandas da população e que "cabe ao Governo – nos diferentes níveis de gestão – oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender a população.

O órgão destacou, ainda, que, para estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, "o Governo deve prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada".

O Ministério da Saúde informou que vai preencher as vagas deixadas pelos cubanos com médicos brasileiros e que a seleção de profissionais ocorrerá ainda em novembro.

Rede Bahia Renato Abreu

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