Serra do cocho cada vez mais perto de se tornar legalmente uma reserva ambiental
Publicado em 19/12/2017 | 35 Impressões | Escrito por
O TR esteve neste domingo na serra do cocho, região do Quati, Salininha, onde está em processo a implantação de uma área de proteção permanente, com parque ecológico para ecoturismo, através do projeto Tremedal Ecológico, que há cerca de cinco anos vem desenvolvendo um trabalho de conscientização ambiental, estudos e preservação da área em busca da institucionalização legal da reserva. Esteve presente também, conhecendo o local e dando contribuições e sugestões para o projeto, a Geógrafa Taís Ferraz, que também tem especialização em meio ambiente e desenvolvimento.
Primeiramente foi cercada uma pequena área, onde se encontra, além de uma diversidade de plantas e árvores imensas, nascentes permanentes de água cristalina (veja notícia relacionada). Através do INEMA e do IBAMA a comunidde conseguiu tornar o local uma área de preservação ambiental. Daí em diante, a vegetação voltou a se fechar e as minas de água voltaram a fluir da serra, com o trabalho de voluntários da comunidade, limpando as nascentes que se entopem com galhos e folhas e demarcando algumas trilhas dentro da mata para os visitantes (veja notícia relacionada).
Atualmente os trabalhos são direcionados pela Associação da Serra do cocho (veja notícia relacionada), que já conseguiram diversos avanços, como a vinda de estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia para realizar estudos (veja notícia relacionada), o desenvolvimento do projeto “casa de cultura”, que está sendo construída pela comunidade na Salininha e o mais importante que é a demarcação legal da área para se tornar protegida, tendo já passado por diversas etapas burocráticas neste sentido, como medição, registros, relatórios etc.
A mata está hoje muito mais fechada, com água corrente pela serra, diversos animais, aves, insetos povoando a mata, muito diferente do início do processo de preservação desenvolvido pela comunidade. As trilhas estão parcialmente demarcadas com canos, cordas e placas. Subindo até o final da trilha tem-se uma visão espetacular, é possível ver os imensos paredões de rochas da serra, a vasta vegetação que a cobre. Ao longe, até onde a vista alcança, o verde vai se misturando com o azulado e branco do céu formando novas cores. O som do vento nas árvores e nas rochas se mistura com as mais variadas melodias de aves, que, hora, se vê também voar de um lado a outro. A sensação é inexplicável.
Renato Abreu
