Investigações chegam a alta cúpula do PMDB e confirmam Pacto para derrubar Dilma


Publicado em 2016-06-07 08:21:15 | 351 Impressões | Escrito por 0


Investigações chegam a alta cúpula do PMDB 

e confirmam Pacto para derrubar Dilma

Uma bomba caiu em Brasília que atinge diretamente o partido do presidente interino, Michel Temer. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do senador e ex-ministro de Temer, Romero Jucá, do ex-presidente da República José Sarney, e do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha, todos do PMDB.

O pedido será avaliado pelo ministro do Supremo Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, e tem como justificativa a tentativa dos políticos de obstruir as investigações da Lava Jato. Janot se baseou nas gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sergio Machado em que os peemedebistas sugerem um plano para barrar a Operação Lava Jato.

No caso de Cunha, o pedido de prisão se deve à desobediência do deputado à Justiça: Zavascki pediu seu afastamento da Câmara em maio, mas, mesmo assim, Cunha continuou interferindo no comando da Casa. O pedido da PGR se torna público no mesmo dia em que o presidente afastado da Câmara é julgado na Comissão de Ética e corre o risco de ter a seu mandato cassado.

Nos diálogos revelados por Machado, Jucá menciona um "pacto" para barrar a Lava Jato. O senador também diz que o impeachment de Dilma Rousseff é fundamental para que as investigações sejam encerradas. "Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem “ó, só tem condições de [inaudível] sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca”. Entendeu? Então... Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar", disse Jucá. "Eu acho que tem que ter um pacto", continuou. Quando as gravações foram reveladas, o senador foi afastado do ministério do Planejamento, depois de doze dias no cargo.

O pedido de prisão de Janot mostra que a Lava Jato vai continuar no encalço dos políticos, independentemente do cargo. Depois de as investigações terem influenciado os votos para derrubar a presidenta Dilma – o que levou a crer que a Justiça trabalhava de forma seletiva –, a força tarefa mostra que as informações levantadas até o momento dão subsídios para cercar a cúpula política brasileira, independentemente dos partidos.

Nesta segunda, o ministro Gilmar Mendes também aceitou o segundo pedido de investigação do senador Aécio Neves, feito pela PGR, para verificar a veracidade das informações fornecidas pelo senador cassado Delcídio do Amaral sobre a atuação de Neves na época da CPI dos Correios, em 2005. O senador teria blindado o PSDB da apuração do mensalão que atingiu o PT e levou integrantes da cúpula petista para a cadeia. Dados maquiados do banco Rural, operador do mensalão, teriam ocultado a participação tucana de um esquema semelhante ao do PT.

Fonte: El país

Post: Renato Abreu

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